“Aperta mais que a gente consegue diminuir o Fluminense”

Amigos tricolores,

Já escrevi algumas vezes aqui sobre a insistência absurda de alguns “críticos” de futebol, que se esforçam ao máximo para que suas teorias de botequim sejam aceitas pela torcida. De um modo em geral, se valem da velha máxima de que uma mentira, se repetida inúmeras vezes, pode virar verdade. E tome porrada em cima do Fluminense, dos jogadores, do técnico, do massagista, dos médicos e até da tiazinha do café. Pô, que coisa mais chata isso.

Essas teorias de botequim só funcionam ali mesmo, no botequim. Querer externar opiniões sem embasamento algum, e com essa mesma certeza que só os ignorantes têm, é desacreditar na inteligência de quem tem a coragem de ler.

Mais uma vez declaro que não concordo com muita coisa que essa diretoria faz, fez e temo pelo que vão fazer ou deixar de fazer. Mas isso não me habilita a falar de números, de discutir estratégias com um cara que é bi-campeão Brasileiro, campeão da copa do Brasil – e outras tantas finalistas – e que foi um jogador acima, bem acima, da média, sem ao menos conceder à ele o benefício da dúvida.

E geralmente, quem desce a marreta, NUNCA está presente ou sequer já esteve no CT. Não sabe o que acontece lá no dia a dia. Não vê o empenho de TODOS os jogadores nos treinos, e não percebe o CARINHO e RESPEITO que eles têm com o treinador. Isso porque convivem com salários atrasados – mas quando há notícias que tratam desse assunto, e de forma negativa, esses mesmos ‘entendedores’ correm para publicar.

Se Marcelo Oliveira, dono do currículo citado acima – é muito maior, claro, mas para exemplificar minha tese já basta – entende que o melhor para o Flu é o 3-5-2, quem somos nós, meros mortais, para crucificá-lo sem ao menos dar um passo atrás e entender qual são as ferramentas que o treinador tem nas mãos?

Outro nonsense é brigar com os números, diminuindo os feitos dele e da equipe. E muitas vezes vejo diminuírem adversários para minimizar alguns feitos. Ele erra? Claro, quem não… Em alguns jogos eu ACHO que ele poderia ter feito diferente e ter escalado um time mais ofensivo? Claro, quem não… Mas se ele insiste em alguma formação e escalação, eu procuro entender os motivos. Será que essa formação desgasta menos? Ou algum ou outro jogador precisa ser poupado? Será que ele pretende dar mais consistência ao time?

Hoje os volantes estão mais adaptados ao sistema e percebem, entendem e foram orientados que podem se aproximar mais do ataque; os alas estão cada vez mais soltos, entendendo que o Marcelo quer que eles cumpram naquela função; a dupla de ataque está cada vez mais afiada, e mostrando serviço. E sabe como EU sei disso? Eu estou no CT sempre que a imprensa é permitida e EU mesmo perguntei isso ao treinador, em coletiva.

Agora vejam bem, não estou aqui defendendo o comandante tricolor ferrenha e cegamente não, muito embora pareça que seja exatamente isso. Apenas ACHO que, antes de descer o cacete nele, nós devemos lhe conceder, no mínimo, o benefício da dúvida. Quando ele decidir por qualquer esquema tático, e a escalação desse ou daquele jogador, procurar entender os motivos que o levaram a fazê-lo.

Entendo que alguns irão discordar do que penso e respeito muito isso. Apenas peço que compreendam a forma que eu vejo as coisas. E será um prazer receber qualquer opinião dos tricolores!

Na minha teoria de botequim, o Flu deve ser sempre ofensivo e protagonista de todo e qualquer jogo. Mas na realidade, eu sei que não é bem por aí. Que devemos nos atentar aos nossos limites e explorar ao máximo a nossa potência. Se ele tivesse um entendimento mais ousado poderíamos estar mais acima da tabela, assim como também agonizando na parte de baixo. Contudo, antes de dar ouvidos aos propagadores do caos e da boa morte, prefiro dar o beneficio da dúvida à alguém que é bi-campeão brasileiro, campeão da copa do Brasil…..

ST

WdA

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