Fala, Odair!: “Fomos merecedores da vitória, do início ao fim”

Por Davi Barbosa

Após a vitória por 2 a 1 diante do Internacional, no Beira-Rio, o técnico do Fluminense, Odair Hellmann, concedeu entrevista coletiva virtual e deu sua visão sobre a atuação da equipe – e de alguns jogadores em particular – na partida.

Sobre o jogo e o momento da equipe na competição

“Acho que estamos conseguindo uma regularidade. Apesar da duas derrotas antes do jogo de hoje (Grêmio e Palmeiras), vínhamos de oito partidas de invencibilidade. Em um campeonato como o Brasileiro, que é muito difícil e disputado, isso é uma regularidade de atuação. E isso reflete na nossa posição na tabela.”.

“Sobre o jogo, acho que no início do primeiro tempo foi um jogo muito truncado, onde o Internacional conseguiu em uma movimentação entre linhas achar uma tabela e fazer o gol. Nós tínhamos trabalhado e conversado essa situação do Inter, mas ela acabou acontecendo. Então é um ajuste que precisamos fazer, principalmente quando os adversários propõem esse movimento. Depois mantivemos a posse, mas não conseguimos traduzir isso em situações claras de gol. Estamos trabalhando justamente para conseguir traduzir essa posse em oportunidades de gol. Tivemos a bola, mas não tivemos a efetividade e o domínio da fase final para ser efetivo nas finalizações.”.

Gol do Lucca

“No segundo tempo ajustamos essas situações da batida do escanteio. iniciamos de uma forma, invertemos no intervalo e ela deu frutos no empate. A partir daí a equipe manteve a solidez defensiva e o Inter passou a cruzar bolas na área, o que não gerou mais tantas situações de perigo e nos deu a chance de marcar o segundo.”.

Sobre a escalação de Marcos Paulo como centroavante

“Em primeiro momento eu iria manter a estrutura para mexer o mínimo possível e priorizar a identificação entre os jogadores, mas perdi outros dois movimentos para que eu pudesse manter essa estrutura. E aí decidi assim porque ela já estava dentro de um plano de jogo, de uma estratégia baseada no estudo que a gente faz do adversário.

O Marcos Paulo tem a capacidade de jogar entrelinhas e do penúltimo passe. Ele não vai ser um Fred ou um Felippe (Cardoso) por característica, mas a gente busca esse tipo de jogo por dentro e ele consegue ser esse jogador mais terminal. A gente dá liberdade para ele, mas quero que ele faça o movimento de profundidade. Ele tem essa capacidade. Temos que ter a paciência de que ele não vai disputar essa bola como outros jogadores com essa característica. Acho que foi bem. No início do jogo, a equipe como um todo não estava encontrando esses movimentos, mas quando começou a encontrar conseguimos colocar ele no jogo e é isso que temos que fazer. Colocar esses caras de meio e de frente o mais rápido possível na partida para que eles possam produzir na partida.”.

Mudanças forçadas para partida

“Preciso ressaltar que trabalhamos a semana toda com uma situação tática. No final da semana perdemos um movimento (Dodi) e no sábado perdemos outro (Hudson). Então, praticamente a equipe foi formada no sábado. E apesar de ser uma variação nossa, são jogadores de características diferentes que talvez levem um tempo maior para se encontrarem em determinada função na partida. A partir do momento que nos encontramos conseguimos criar situações e possibilidades de definição, que é o mais importante. Traduzir isso em capacidade de definição.

“São ajustes que estamos procurando, mas quando você muda muito a equipe de um jogo para o outro, você acaba precisando de um tempo maior para essas movimentações de encaixarem. A formação diferente demanda um tempo para encaixar, mas são características que se encontram em campo. Fomos merecedores da vitória, do início ao fim. Saímos de um placar adverso, construímos as situações do jogo e a vitória foi muito importante para nossa caminhada. “.