“Outro time”: mesmo com derrotas consecutivas, mudança de postura faz Fluminense ter rendimento melhor no segundo tempo

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Dominado pelo Flamengo na primeira etapa, o Fluminense, no último sábado (22), mudou a postura e incendiou a partida no segundo tempo. O Tricolor — assim como em outros jogos — voltou para a etapa complementar mais agressivo, pressionando a saída de bola do rival. A transformação tem reflexo direto nos números. Nos últimos cinco jogos, o Flu só balançou as redes no primeiro tempo uma vez. Enquanto que os outros sete dos oito gols marcados saíram na segunda metade dos confrontos.

Desde que assumiu o comando, Roger Machado tem seguido um padrão, sobretudo nas partidas mais importantes como as da Libertadores e a fase final do Cariocão. O time entra em campo mais recuado, com uma marcação passiva, procurando fechar os espaços para então contra-atacar.

Entretanto, a estratégia não tem funcionado. O Tricolor, até o momento, saiu com uma derrota parcial em metade das partidas com Roger à beira do campo. Enquanto que em outros seis terminou com um empate. Apenas em três — contra Vasco, Macaé, pelo Carioca, e Santa Fé, a única pela Libertadores, — o Flu terminou a primeira etapa vencendo.

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Com o placar desfavorável, Roger Machado se vê obrigado a mudar a postura do Fluminense no segundo tempo
Roger Machado à beira de campo contra o Junior Barranquilla. Treinador expressou preocupação após ver o time terminar a primeira etapa perdendo por 1 a 0 (Foto: Lucas Merçon/Fluminense Football Club)

Além disso, em nove dos últimos 10 jogos, a defesa tricolor acabou sofrendo o gol primeiro. Obrigando os jogadores a ter que correr ainda mais em busca de um resultado positivo.

Mudança de postura na segunda etapa

Se os números do primeiro tempo preocupam, os do segundo, por outro lado, animam. Com o placar desfavorável, Roger então tem pedido para adiantar as linhas e o time tem começado a tentar recuperar a bola no campo de ataque. Assim, nos últimos jogos, o Flu conseguiu realizar mais desarmes e quase dobrou o número de finalizações.

O Fluminense de 2021, aliás, tem guardado os gols para o segundo tempo. Desde que Roger Machado assumiu o comando, 27 dos 32 gols marcados (74,4%) saíram na segunda etapa. Mais de um terço deles marcados por jogadores saídos do banco de reservas.

Contra o Santa Fé, por exemplo, o Time de Guerreiros conseguiu a virada no Maracanã e poderia ter feito o mesmo contra o Flamengo no primeiro jogo da final. Mas, diante de Junior Barranquilla e do Rubro-Negro — na segunda partida —, nem mesmo a mudança de postura no segundo tempo impediu o Fluminense de sair de campo derrotado.

Caio Paulista tem contribuído com a mudança de postura do Fluminense no segundo tempo
Caio Paulista tem aproveitado as chances quando entra no segundo tempo. Agressivo na marcação, atacante também marcou o gol da virada sobre o Santa Fé e sofreu o pênalti no Fla-Flu (Foto: Lucas Merçon/Fluminense Football Club)

Além disso, o time registrou um ligeiro aumento na média da posse de bola e na precisão dos passes . Embora continue a permitir um grande número de finalizações do adversários. Uma consequência do time ficar mais exposto com o resultado adverso.

Diferença entre o primeiro e o segundo tempo nos últimos 5 jogos do Fluminense em números

Números 1º Tempo 2º Tempo
Gols marcados 1 7
Gols sofridos 5 3
Média de finalizações do Flu 3,2 5,4
Média de finalizações dos adversários 6,2 5,8
Média de posse de bola 39,3% 40,3%
Precisão nos passes 78,4% 80,7%
Média de desarmes 7,2 7,4
Média de interceptações 6,4 5,6

O Tricolor volta a campo na próxima terça-feira (25), às 19:15h, no Monumental de Nuñez, onde enfrenta o River Plate. Para se garantir nas oitavas-de-final da Copa Libertadores, precisa vencer os Millonários. Resta saber se o Fluminense de Roger Machado vai entrar com a postura do primeiro ou do segundo tempo.

ST

Lucas Meireles


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Lucas Meireles

Jornalista formado pela UFRRJ, apaixonado por esportes e pelas boas histórias.

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