Salário é parte dos problemas

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Pedro Abad falou ao diário Lance sobre a situação financeira que o clube atravessa, e disse que os salários são parte de um problema maior ainda:

– Primeiro, que o Fluminense não é só salario. Temos diversos outros compromissos, um passado complexo, de soluções difíceis. Temos diversas penhoras, só da Fazenda foram R$ 27 milhões. Fora penhora de receita, as mais diversas penhoras. Nosso fluxo de caixa foi muito pressionado. Nem sempre o valor total da venda é destinado ao Fluminense. Caso do Henrique Dourado, Richarlison… É uma equação difícil de fechar. Temos diversas outras obrigações que o torcedor não enxerga porque não faz parte do dia a dia dele. Por isso que dá essa falsa sensação de que tem muito dinheiro e que as obrigações com os atletas não são pagas – declarou o presidente.

Cobrado pelo torcedor, sobre as declarações de campanha – e principalmente por ter afirmado ter ajudado a equilibrar as contas do clube – Abad falou também em “austeridade financeira”. Contudo, de acordo com as informações trazidas pelo Lance, o endividamento do clube, que era de R$ 331 milhões em 2015, cresceu em R$ 300 milhões, passando para R$ 631 milhões em 2017. Juntamente com isso, ainda houve o aumentou das dívidas bancárias e trabalhistas. O presidente explica a situação e diz “ter um plano” para resolver os problemas:

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– Houve várias diferenças de forma de apuração do passivo, novas regras contábeis. O que a gente vem fazendo é o que podemos. Ou seja, reduzir custo operacional e responsabilidade no gasto. Tem coisas que a gente não comanda, como despesas financeiras, que são R$ 35 milhões ao ano, despesas de atualização de tributos. Isso tudo impacta no resultado, que acaba indo para o passivo. O que fazemos é um trabalho de reestruturação de modelagem do passivo, reforço a Xerém para obter novas receitas. Acreditamos que isso pode chegar a um bom termo. Grande parte das nossas dívidas são fiscais, do “Profut”, dívidas trabalhistas, que estão parceladas. O pior é o dia a dia, as penhoras cíveis e algumas outras trabalhistas que atrapalham. Mas vamos resolver, temos um plano para isso.

Em relação aos salários, sobretudo aos direitos de Imagem, Abad fez questão de se colocar à frente nas explicações dadas ao elenco, e afirma ter a confiança do grupo:

– O elenco sempre é posicionado, não terceirizo essa tarefa. Eu faço questão de reunir os atletas e falar. O que temos conversado e de certa forma eles tem uma confiança grande no trabalho da administração, é que estamos sempre nos mexendo para resolver. Não prometemos nada que não podemos cumprir. Fluminense ta sempre se mexendo no mercado, buscando saídas. Ano passado passamos por uma situação complicada, em determinado momento dei uma data e ela foi cumprida. Quando não tenho informação concreta, digo isso a eles por mais que cause chateação. Isso mantém confiança. Trabalho para resolver o mais rápido que pode, em casos isolados procuramos ajudar.

Fonte: Lance, por Marcelo Neves e Luiza Sá

 


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