Semana promete ser quente no Flu – A benção João de Deus

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Atualizado  às 12h10.

 

A situação política no Flu não é para amadores. São tantas as tramas que coloca no chinelo a série “House of Cards” e põe o congresso nacional no bolso. Existem alianças que foram feitas, desfeitas, existem conselheiros outrora aliados que hoje são desafetos e, por fim, pessoas que costumavam ser ligadas a administração que hoje se dizem oposição. E não são poucas não.

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Na composição que marcou – e decidiu – a eleição passada, o grupo político Unido e Forte, capitaneado por Cacá Cardoso, se aliou, às vésperas da eleição ao grupo Flusócio e Esportes Olímpicos que apoiavam Pedro Abad na sucessão de Peter Siemsen. Para tanto, como o costume da velha – e podre – política brasileira, houve a composição para a troca de cargos. Cacá assumiu a vice-presidência geral e o grupo dele teria outros tantos cargos. A  presidência do Conselho Deliberativo coube aos Esportes Olímpicos. Com a renúncia do presidente por eles indicado, o nome do Fernando Leite acabou prevalecendo por consenso naquela ocasião. (trecho atualizado)

Pois bem. Vida seguiu e a união costurada, às pressas, se desfez. Os motivos alegados foram resistência dentro do clube, falta de transparência e que o Fluminense era uma ‘bomba relógio’, que foi implantada com Peter Siemsen, ex-mandatário tricolor, ocultada pela atual administração.

Hoje, o que ocorre na vida política do Flu? Uma trama política, digna de Hollywood. O presidente está sendo pressionado de todos os lados, dentro e fora de seu grupo, para deixar o poder e um processo de impeachment rolando. E ai, meus amigos, é que a cabrita berra.

Isso porque o estatuto do clube, por mais que já tenhamos publicado aqui uma carta aberta – assinada por advogados tricolores – explicando quais seriam os ritos e consequências de cada um deles, cabe interpretações diferentes, e esse imbróglio todo pode ir parar na justiça.

Quanto ao impeachment, as coisas são claras. Mas quanto à renúncia… Não é tão cristalino assim. E esse que é o atual problema. Abad não quer renunciar deixando o poder no colo de Fernando Leite – que é ligado ao grupo Unido e Forte. Ele teme que o atual presidente do conselho não convoque as eleições para que seja eleito um presidente “tampão” até o final de seu mandato, e que haja uma interpretação do estatuto de forma que Leite permaneça na presidência em 2019. E isso seria a “morte” para o presidente. Além de desencadear ações na justiça comum, instaurando o caos nas Laranjeiras.

Abad busca uma saída diferente. Ele já teria confessado que não reúne mais condições de permanecer no comando do clube. Mas ele quer sair convocando novas eleições. Não para que seja eleito um presidente até o final de seu mandato, mas o presidente que vai ficar à frente do clube até 2022. Ou seja, ele quer antecipar as eleições e busca, jurídica e estatutariamente, meios de fazê-lo. E é ai que a cabrita berra, parte 2.

Para fazer uma manobra desse tipo, Abad teria que convocar uma assembleia geral (onde os sócios votam, não apenas os conselheiros) para propor a antecipação das eleições de novembro. Se aprovado, o pleito seria realizado em seguida. Abad estuda esta possibilidade, e já conta com o apoio até da oposição não ligada ao Unido e Forte, como Mário Bittencourt. Ricardo Tenório já admitiu, inclusive, ter conversado com o atual presidente a respeito. Mas isso não é tão simples assim. Para ter legitimidade, pelo menos 60% dos sócios teriam que votar. Além desse obstáculo, existe um outro que tem que ser superado, pois caso haja a antecipação das eleições, o presidente eleito comandaria o Flu por mais tempo do que prevê o estatuto. Com isso, uma alteração provisória também teria que ser feita para legitimar esse mandato mais longo.

Ufa! Mas não acabou ainda. Essas manobras ainda podem encontrar resistência dentro do grupo Unido e Forte, que comanda o conselho e se diz apto a comandar o clube até o final do ano. A cabrita pode berrar, mais uma vez…

Nós, tricolores, esperamos que eles coloquem o Flu em primeiro lugar e deixem a vaidade de lado. Precisamos, urgentemente, definir logo essa situação. De novo: A benção João de Deus…

ST

Washington de Assis


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